COMO A COVID-19 AFETOU O ECOSSISTEMA DE STARTUPS NACIONAL

Por pactoempregojovem em

Direitos de autor: STARTUP Portugal, junho 2020

Sinopse adaptada do original Relatório «IMPACTO DA COVID-19 NO ECOSSISTEMA DE STARTUPS NACIONAL»

A Startup Portugal, em colaboração com a EY e a SAP, desenvolveu um estudo preliminar de caracterização do estado do ecossistema de StarUps com vista a identificar as suas necessidades mais prementes e a servir de base para a criação de um plano de ação direcionado e coerente com uma realidade em constante mudança.

O relatório foi desenvolvido com base nos resultados de um inquérito online, o Entrepreneurship Survey, realizado a mais de 200 fundadores e CEOs de startups com sede em Portugal, entre os dias 17 de maio e 8 de junho de 2020.

Apesar da situação atual e incertezas quanto ao futuro da economia global, a maioria das startups inquiridas (71,8%) estava a laborar normalmente e mostrava otimismo quanto a uma recuperação económica.

Dado que a maioria das startups inquiridas se encontrava no estágio de seed (81%), com cerca de 1 a 10 trabalhadores (80%) é possível que o impacto tenha sido menor dada a dimensão da empresa e estado inicial dos projetos. 

A transição para o digital e para o trabalho remoto pode ter sido mais facilmente adotada por estas startups terem uma estrutura mais flexível.

Para cerca de 42,3% das startups inquiridas, a pandemia gerou novas oportunidades de negócio, demonstrando que é muitas vezes em momentos de crise que surgem as melhores ideias de negócio. 

A maioria das startups inquiridas confirmou que a COVID-19 impactou de alguma forma a sua atividade, sobretudo devido a uma diminuição das vendas e a um adiamento ou atraso de projetos. 

No que toca ao financiamento, de acordo com as startups inquiridas, 51,4% do financiamento previsto para 2020 (pré-COVID) seria internacional. Uma vez que a maior fonte de capital de risco em Portugal vem do exterior, nomeadamente de países como os EUA, a Inglaterra e França, esse financiamento pode estar em suspenso face à atual situação.

Segundo as startups inquiridas, as medidas de apoio mais úteis neste momento seriam incentivos e isenções fiscais (47,7%), seguida da oferta de novos apoios financeiros (28,9%). Salientam, ainda, a necessidade de maior informação sobre os principais apoios públicos (24,5%) e informação sobre perspetives de investidores (20,4%).

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